Quando cobrar, “vira o cobrar demais”. (Laís Happel)

É um erro cobrar. Cobrar mensagens, quiçá atenção. Entretanto, não conheço alguém que não tenha me dito: nunca mandei uma mensagem dizendo “Oi, estou vivo!”, ou uma simples mensagem afirmando que está em casa, esperando aquela atenção necessária que nós seres humanos possuímos. 

E esse é o problema, cobramos sem querer cobrar, somos mendigos de atenção momentânea. Necessitamos de atenção rápida com efeitos duradouros. Pequenas porções diárias de “eu me importo com você”. Cobramos diálogos em um jantar quando o silêncio se faz presente e cobramos silêncio, quando poderíamos conversar. Cobramos quietude, querendo gritar aos quatro cantos um turbilhão de palavras desnecessárias.


Vivemos num acaso, esperando que o destino bata a porta dizendo com todas as letras “ei, estou tentando juntar vocês”, mas cá entre nós, o destino realmente existe? Sou daquelas pessoas que desacreditam em tal façanha do mundo. Mas também, não sou daquelas que desacreditam de tudo. Mas aceitar que nada aconteceu, porque o destino não quis, é um tanto quanto equivocado. Você cobrou demais pois o destino lhe deu isso como opção, ou cobrou demais pois sua insegurança estava totalmente abalada? Culpamos o destino, que nem sequer existe, por coisas tão simples, que apenas nós mesmos, somos capazes de criar.

Um comentário:

  1. Cobrar as vezes é um porre!

    Vou te confessar algo: não sou lá muito de cobrar, gosto de ter minha liberdade, por conta disso evito invadir a das outras pessoas.

    Mas como você mesma disse, cobramos sem querer cobrar!

    Ser mendigo de atenção é complicado demais.
    Digo isso porque já sofri ( e sofro hoje, mas com pouca frequência) disso.
    As vezes sinto falta de toque, conversa, carinho, risadas... E de alguma forma cobro isso daqueles dos quais desejo.

    E é muito ruim não ser correspondido.

    Excelente texto!!!!!

    ResponderExcluir