Crônica: Certos do incerto


Talvez fosse muito cedo pra falar o que a gente realmente sentia. Talvez nem a gente sabia. O que você sentia, pra começar? Era sempre um mistério. Era sempre como um enigma descobrir o que você estava pensando. Eu gostava de te olhar, de imaginar que você um dia sentiria o mesmo que eu, e mesmo que, talvez eu estivesse enganada, eu gostava de pensar na gente, num futuro próximo. Um futuro incerto. Talvez a gente não começou certo. A gente sabe o que passou pra estar aqui, a gente sabe dos corações que ferimos, só pra gente ficar junto. E mesmo sem ter alguma certeza, a gente sabia que só queria estar junto. A gente queria andar junto. Eu, você e a nossa incerteza. Era tudo que a gente construiu; tudo que tínhamos era a certeza da nossa incerteza.

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