Deitei olhando o céu azul. Na grama mesmo, sem toalha abaixo do meu short branco. Em poucos instantes, senti aquele pinicão que a grama proporciona. Apenas deitei na intenção de me sentir mais próxima do “ar puro”, do cheiro de mato molhado- devido à chuva da noite passada.
Ou para me sentir mais próxima de mim mesma. Precisava de um tempo a sós. Desliguei Caetano por alguns minutos. Silenciei. Olhando as nuvens dançantes, repassei uma conversa que tive com algumas amigas em uma madrugada daquelas que o riso se faz presente.
O assunto: saudade. Engraçado que até então, jurava não saber senti-la. Acreditava que sentia falta, e que outras coisas poderiam substituir essa coisa que até então, era desconhecida.
Mas saudade é aquilo que passa debaixo do cobertor e te faz ficar gelada, mesmo estando quente. É aquele calor insuportável que sentimos no inverno. É repassar a história e se ver nela, não como coadjuvante, mas como papel principal. É querer reler a pagina arrancado de um livro. Saudade é não saber do porvir. É olhar o pôr-do-sol e almejar uma chuvinha acompanhada de um bom filme. É sentir arrepio ao imaginar um simples toque, sentir o cheiro do perfume em uma multidão, sabendo que o dono do perfume não está ali.
Saudade é quando você permite sentir fraqueza, permite fechar os olhos e chorar baixinho. Não querendo voltar, mas sabendo que o que você viveu foi bom o suficiente para poder ser apenas isso: saudade.
(Choro sem fim!!!!!)
ResponderExcluirSaudade dói... Mas eu preciso senti-la ao máximo.
Depois de um tempo eu sei que vou me reerguer.
Mas tenho que sentir saudade agora, pra não sofrer com ela mais tarde.
Acho que to numa fase da vida meia bugada.
Mas suas palavras, me trazem de volta a órbita e mostram que o mundo continua a girar, e nada (pelo menos do lado de fora) saiu do lugar.
É como se você me dissesse "sinta saudade, mas das coisas boas.
Você vai ficar bem"
Obrigada Laís ❤❤❤❤