Sinto falta de algo que eu nem sei se existe (Nadhia Dantas)



Sabe aquela bad repentina que bate no meio da tarde de um sábado ensolarado e você não entende porque raios mudou de humor? Quando a viagem dos seus sonhos para o Caribe está próxima, e ao invés de você fazer a playlist no Spotify que servirá de trilha sonora para os 15 melhores dias da sua vida, você prefere desligar o sinal do wifi para ficar no joguinho do dinossauro no Google Chrome? Se sabe do que estou falando, vem cá, puxa o puff azul que deixei no canto da sala e vamos papear, porque o negócio é mais triste que a cena de quando o Marley fica doente no filme Marley e eu, e é mais cômico que o programa Casos de Família. Vamos lá. 
De uns tempos (20 dias, para ser mais precisa) pra cá, tenho sentido falta de algo. "Ah, deve ser carência, falta de um boy" Não, estou muito bem comigo mesma, obrigada, de nada. "Ah, deve ser do brinco de argola que ela deve ter perdido" Não, nem dá tempo de sentir falta, porque ele não sai da minha orelha. "Ah, deve ser o cansaço de tanto tentar entender Balanço Patrimonial e não conseguir" Já até pensei que poderia ser isso, mas descartei. Não é material, pessoal e nem TPM, porque sei que essa resposta vem na mesma velocidade que o sinal 3G do celular vem, só que ao contrário. Se fosse chocolate, eu estocaria a geladeira com 10 barras de Milka Oreo. Se fosse TPM, eu assistiria o filme mais depressivo e em seguida o mais engraçado do Netflix, porque o meu humor faz rodízio. Se fosse tristeza, eu pegaria o bloco de notas e escreveria. Se fosse alegria, eu pegaria o bloco de notas e escreveria. Só que o enredo da novela mexicana de 20 capítulos inéditos até o momento é que: se eu soubesse o motivo desse sentimento de ausência, eu saberia supri-lo, mas não sei. 
Ele não dá sinal, não aperta a campainha da porta do apê para avisar que chegou, e que eu preciso me preparar para a sua visita, ele simplesmente chega, como um desconhecido que entra no meu quarto e mexe no box da minha série predileta. Incomoda, mas continua aqui. Ás vezes adormece, finge que morreu, mas desperta fazendo barulho e perturbando meu sono, que já não anda tão saudável. Tento deixar para lá, acreditar que é frescura, mas até na teimosia essa coisa-indefinida-que-eu-não-sei-se-é-do-gênero-feminino-ou-masculino se parece comigo, e volta. Não é falta do amor não correspondido, nem de livros. Horas de sono também não contam (e olha que eu sinto falta delas, mas disso eu tenho ciência), não é do Fred (também sinto saudade, mas isso eu também sei e ele também sabe), não é do frio, não é, não é e não é. Eu cheguei a conclusão de que sinto falta de algo que eu nem sei se existe, me entende? E se realmente não existir? O que eu faço com isso tudo?

5 comentários:

  1. Ai meu....agora eu quero um puff azul :(

    Eu te entendo... To numa fase estranha e eu não sei definir... To sentindo falta.... To carente mas não necessariamente de amor e sim afeto.... Toque!

    Mas é algo que as vezes foge do meu controle e eu fico tão acanhada :(
    Quero muito demostrar afeto, mas pessoas a minha volta vestiram suas capas anti-afetos e carinhos e são tão "seguras de si mesma", que só de eu olhar da vontade de chorar (chorar de verdade).

    To acuada!
    Incomodada... Como lidar?
    Nem o café ta fazendo efeito!

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    1. Hahahahaha eu tbm quero um puff azul, Paulinha! Esse saiu da minha imaginação rsrs ..

      Te aconselho uma única coisa: se dá vontade, faz! Se quer distribuir amor, distribua! Quem perde é quem não sabe receber! ;)

      Ps.: O nosso café ainda está de pé, né?

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    2. Olha do jeito que vão as coisas, marcaria o café pra amanhã kkkkkkkk
      Aqls kkkkkkk

      Então o problema é que eu vou toda carinhosa e vem alguém e me barra.... Aí meu core partido!

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  2. Naaah, voltou com tudo hein? Sabe parece até que você me descreveu aí. Posso dizer que esse ano todo estou assim, as vezes parece que preciso das pessoas perto de mim e ao mesmo tempo já tenho preguiça delas, sinto saudades daquilo que ainda nem vi/vivi, saudades do que nem sei se vou viver sabe? É difícil explicar essas coisas, mas nem eu me entendo, é quase a mesma coisa de: há quero comer algo, mas não sei o que é, se não sei o que é como vou comer? rsrs e confuso. Se você descobrir me de um toque, pq olha ta difícil. Hahahaha


    Linda ��⚡

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    1. Volteeeei menina! E voltei toda confusa! HAHAHAHAHA Coooisas da vida, né? Não sei se acontece ctg, mas aquela coisa de vc querer muito, mas não saber descrever, e por não ter a mínima ideia do que seja, se desespera. Das duas uma: ou é algo muito bom que nos espera, ou estamos ficando loucas! Hahahahaha

      Obrigada pelo carinho de sempre! <3

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